Sim, como animais. Carne vermelha, aves, peixes, frutos do mar e porco. Não como carneiro e bode porque não gosto. Não como coelho porque também não comeria cachorro ou gato. Não como caça porque acredito que evoluímos e se tem carne para comprar no supermercado, é desnecessário matar animais selvagens.
Sim, adoro animais! Todos eles! De hipopótamos a morcegos. De cães a cobras. Uns mais, outros não tanto… Tive cães, ratos, coelhos, cobra, entre tantos mais. Sou louca por cães, todas as raças, qualquer raça! Acho que cachorro é o companheiro mor de qualquer ser humano e só não estão ao lado do amo quando não deixam.
Sim, sou pró-ciência. Na verdade tenho 100% da minha fé na ciência, já que questiono todos os outros tipos de fé. Sou agnóstica porque me acho insignificante demais para decidir algo que é tão grandioso para a humanidade. E já que somos seres mutantes e ainda não temos respostas para muitas questões, prefiro ainda seguir explorando este lado. Mas não questiono a pesquisa científica.
E sim, sou sobrevivente de câncer de mama, perdi familiares muito próximos para outros tipos de câncer, e no momento atual algumas das pessoas que mais amo estão lutando contra esta doença. Também tenho em minha vida alguém que sobreviveu a uma tragédia por causa da descoberta de novos medicamentos. O que, provavelmente, em algum ponto da história aconteceu com alguém em toda e cada família do universo.
Enfim, por tudo isso que eu apoio 100% o resgate dos animais do tal Instituto Royal. Não me importa se são cães de raça ou não. Se são animais fofos ou feios. Se são ratos, coelhos, cobras ou baratas!
Por um tempo fiz estágio em um laboratório militar clínico-patológico e de pesquisa nos EUA. Cheguei a entrar em um laboratório nível 4, ou seja, daqueles que temos que utilizar respiradores especiais e trajes semi-espaciais. Pior que isso, só os de nível 5 onde estão guardadas e são estudadas as cepas de vírus, bactérias e fungos letais, como ébola, por exemplo. Após o ataque de 11 de Setembro de 2001, por causa da ameaça constante e o medo eminente de um ataque terrorista, fui treinada pelo governo da California em conjunto com o grupo hospitalar que eu trabalhava, no processo de descontaminação de vítimas e equipamento no caso de ataque químico ou biológico.
Nesta época assisti várias palestras, entre elas a do Dr. Ray Greek, MD, presidente e sócio-fundador da AFMA – Americans For Medical Advancement (http://www.afma-curedisease.org). Através de estudos embasados e consolidados, a AFMA se opõe ao uso de animais em pesquisas médico e farmacêuticas como modelos para prever a reação/resposta humana a qualquer tipo de substância ou impulso.
Seus argumentos são mais que válidos. Primeiro porque se o metabolismo humano já é diferente em sua própria espécie, também reagirá de forma diferente a qualquer outro tipo de animal na absorção, distribuição, eliminação e toxidade de toda e qualquer substância ou impulso. Isso torna questionável a eficácia dos testes realizados em animais, fazendo assim que as pesquisas médico-farmacêuticas sejam mais longas e desnecessárias. Alegam que com a tecnologia que temos atualmente, não se justifica o desperdício de tempo e dinheiro com a utilização de animais como cobaias para prever a reação de produtos nos humanos!
E segundo que não se opõem às pesquisas comparativas. Não são contra a utilização de animais em estudos quando realmente necessários. A AFMA não é uma entidade protetora de animais! É uma entidade em pró da ciência mais dinâmica e eficiente! A instituição aceitou e debelou todos os desafios que lhe foram propostos provando que com testes em computadores e em tecidos humanos, se alcança a mesma, e às vezes até maior, segurança para que os fármacos ou outros produtos estejam prontos para a fase de testes em humanos voluntários.
Então, depois de 11 anos trabalhando na área clínico-laboratorial, porque acredito nisso, porque presenciei isso, apoio o resgate dos animais do Instituto Royal, como de qualquer outra instituição que realize testes desnecessários, pratique a vivissecção, ou qualquer tipo de maltrato, tortura, ou ações que causem desconforto a qualquer espécie viva visando o lucro financeiro.