E PARA ONDE VAMOS AGORA?

BetinhoQualquer ditadura é maléfica! Qualquer governo impositor é cruel! Mas não é porque hoje o “Lulismo” destruiu o país que vou dizer “na época dos militares era melhor“, porque não era!

Cresci no Rio de Janeiro e morava na rua onde as tropas do exército se reuniam para invadir a PUC-RJ, um dos centros ‘pensantes’ e idealistas do país naquela época. Ouvi no meio da madrugada os barulhos das surras e os gritos dos ‘comunistas’ na 15ª DP do Rio, em frente à minha casa por 12 anos.

Depois, no comecinho da minha adolescência, tive o prazer de lutar (dentro do que uma criança pode fazer) pela Anistia Ampla, Geral e Irrestrita. Chorei quando vi Betinho chegando no aeroporto. Na escola de arte onde minha mãe, artista plástica, estudava, tinha um agente do DOPS para ‘controlar as mentes pensantes’ já que ser artista naquela época significava ser comunista; e ser comunista significava ser o demônio encarnado!

Também tive a minha maior decepção política quando lutei, desta vez já estudante de Sociologia e Ciências Políticas (!!) da PUC-RJ e vice-presidente do DCE PUC-RJ, pelas DIRETAS JÁ e perdemos.

Mas não sou de esquerda. Muito menos de direita. Sou liberal. Aceito a ordem e os valores de respeito à sociedade como um todo, como um grupo onde todos tem direitos equivalentes às suas contribuições – claro está que os direitos à saúde, educação e condições dignas de trabalho TEM que ser dados igualmente a todos independente da sua contribuição posto que estes são os valores básicos de qualquer sociedade.

Se na época dos militares havia ordem, era por medo. Se diziam que as escolas públicas eram boas, era por medo. Se não faziam greves, era por medo. Se não haviam reivindicações , era por medo. Se não reclamavam dos hospitais públicos, era por medo. Tudo era regido sob a batuta cruel, e eficaz, do medo já que os que enfrentaram foram punidos com cadeia, tortura, exílio ou a morte.

Sou a favor do lucro financeiro lícito, sou a favor das riquezas pessoais. Não acho que tenhamos que dividir o que ganhamos por merecimento e labor, com todos. Sou a favor de pagar impostos justos e receber em troca serviços relativos ao valor dos nossos impostos. Na época dos militares, se me lembro bem, a inflação era um monstro de 20 cabeças soltando fogo pelas narinas! Eles viviam o laissezfaire e o povo que entrasse pelo cano. Nem pensar era permitido… Articular o pensamento então, nem se fale!

Militares enriqueceram (hoje estão decadentes) ilicitamente. E fizeram tudo igualzinho os “Lulistas” estão fazendo, só que esses agora não usam farda, mas Armani. Nem uns nem outros já que nesta, um gambá cheira o outro!

Não, amigos, deixemos os militares onde estão, mais afastados do governo. É bem claro que todos os países, mesmo que não ditatoriais em que há militares, ou pseudo-militares, em seu governo, tem seu povo sofrendo.

Um grande país só é real quando o seu povo, o povão mesmo, tem dignidade. A violência diminui, a corrupção se ameniza (não sejamos ingênuos a ponto de acreditar que exista país com 0% de corrupção!), e passamos a criar cidadãos com futuro.

No dia em que nós todos, ao menos uma maioria, conseguir entender que só lucramos quando todos lucram, quando brasileiro deixar o pensamento egoísta e passar a pensar comunitariamente (nada a ver com comuna, por favor!), aí sim, vamos ser um país que vale a pena!

SALVE-SE QUEM PUDER!

Brasil-bonfim

É, fomos prá rua, acordamos o gigante, mas foi absolutamente em vão. Voltamos a nos recolher à nossa insignificância e a nos submeter aos horrores que o governo nos obriga. E viva Cuba? Viva Chavez? ¡Pués claro! A ilusão se mantém com mais médicos, mais estádios, bolsas para isso e aquilo… Ir para a rua? Vamos sim! Vamos à rua comprar o PS4 que combina com o 4 seguido de zeros, pois afinal, jogar GTA5 é mais divertido!

Rio, vamos passear no helicóptero do governador? Ou a gente vai ali dar uma nadadinha no Irajá e afins? Levantamos o acampamento da Delfim Moreira para dar um pulinho na Região dos Lagos ou escorregar na lama da serra?

Espírito Santo está vendendo submarino em lojas de carro!

Lá vai o Rio São Francisco passando suas águas pelas terras de gente moribunda de sede que espera pela irrigação prometida e nunca cumprida. Até mesmo começada, mas então abandonada, dinheiro embolsado, pobre que morra de fome!

Norte, só falam de você quando tem tragédia para anunciar. Ou escândalos que viram piadas por mais absurdos que possam ser. Vocês – Manaus, Belém, Porto Velho, etc. – estão juntos com Natal, Aracajú, Teresina, entre outros: só queremos saber quando interessa!

Sul, se não é da sua produção, vamos espalhar suas tragédias, afinal, parece que ser louro imacula, ou não!

E a segurança? Qual? A minha, a sua, a do país inteiro que tem que blindar os carros, blindar a casa, vedar os olhos, fingir que está tudo bem porque não tem onde reclamar. Reclamar prá quê? Prá quem reclamar? E vamos vivendo com medo de sair de casa, de ficar em casa, de andar na rua, de parar no sinal, de ir de ônibus, de taxi, ou a pé!

Você ajuda alguma instituição? Faz doações? Dá roupa, abrigo ou comida prá quem não tem? Se você tem, por quê não dá? Por que você tem pouco e vive apertado, e sua cada centavo que ganha? Ou você já caiu na auto-tortura de se envergonhar porque tem e pode? Ser rico virou crime e a responsabilidade social do governo é repassada ao cidadão, trabalhador, honesto. Daqui a pouco vamos ter o imposto de apoio ao pobre para isentar o governo de suas obrigações com a sociedade, como se já não pagássemos por tudo isso!

E vamos lá! É Brasiiiiiilll! Vem Copa e nos afundamos cada vez mais! Brasil em frangalhos a nível FIFA, oi?!? E eles, eles lá, se esbanjando!

Como assim eles quem?? Ora, eles, lá de cima, do governo, dos governos! Aqueles que vão comemorar o Réveillon tomando champanhe Crystal, tomando porres, engolindo caviar enquanto desfrutam de seus banquetes que custam mais do que você ganha por ano e se precisar vão tomar uma aspirininha para a ressaca ali no Sírio Libanês enquanto você espera DOIS ANOS por uma consulta no SUS.

Paparapaparapapara clack bum, lá vem o Brasil descendo a ladeira!

DIÁRIO DE UMA NÃO-TORCEDORA

Nunca fui fanática por nenhum esporte. Na verdade, acho que nunca fui fanática por nada! Talvez por isso eu não consiga entender e tenha tanta birra com torcidas, seja do que for! Sim, tem times que gosto. Mas não sofro por eles, não grito por eles. Curto, fico feliz se ganham, digo um “que pena” quando perdem, mas fica só nisso mesmo.

Morar em uma cidade onde tem apenas 2 times fortes no país do futebol acaba sendo difícil quando esses times estão jogando. Belo Horizonte, Cruzeiro e Atlético. A rinha é tão grande que as vezes nem sei se comemoram mais quando o próprio time faz gol ou quando o outro leva! É foguetório, gritos, buzinaços, que vão pela noite afora, impedindo o sono, nos fazendo saltar de susto, deixando bebês, idosos e animais histéricos, e eu, de saco cheio!

E fanáticos parece que não pensam! Quando o adversário está por cima, criticam dizendo que nem sabem ficar por cima. Buscam títulos passados e ficam comparando, competindo, brigando. Quando o adversário está por baixo, enchem o saco querendo humilhar. Buscam títulos passados e ficam comparando, competindo. O mesmo blá, blá, blá!

Barulho2

O importante é brigar, é sacanear o outro, é se dizer melhor. Seja o time que for, tem sempre seu rival mor. E é sempre a mesma coisa seja aqui, em qualquer outro lugar do Brasil ou do mundo! E essa rinha muitas vezes deixa saldos terríveis com quebra-quebras, bulling e contato físico que muitas vezes levou até a morte tanto de culpados quanto de inocentes.

Fanatismo… E eu de saco cheio! Com licença, acaba de acabar um jogo do Cruzeiro, deixa eu ir alí pegar um fone de ouvido!

DECEPCIONANTE

Tenho passaporte americano. Depois de vários anos morando, trabalhando e pagando meus impostos na Califórnia, adquiri o direito ao voto. E sou eleitora registrada do Democratic Party – como o voto é um direito e não uma obrigação, registra-se quem quiserOu seja, a princípio sou pró-Obama.

Mas… 😉

Em 2007, quando fizeram as eleições preliminares do Democratic Party eu era 100% Hillary Clinton. Meus amigos diziam que eu estava louca, que Obama era muito melhor. Desde o começo eu disse que achava o Obama um grande pensador, inteligente e idealista, mas achava eu ele era muito calmo, muito pacífico, e que lhe faltava pulso, garra (leia-se culhões). E para ser presidente de uma nação como os EUA, o que não pode faltar de forma alguma é esse poder e força.

Obama-ClintonMrs. Clinton já havia demonstrado ter de sobra dita qualidade. A mulher é uma leoa!

O próprio Democratic Party ficou dividido e dizia que o ideal seria uma mistura dos dois. Juntar a experiência, a sagacidade e a garra de Hillary à ideologia e carisma de Obama. Infelizmente isso não era possível. Então eu preferia as qualidades dela às dele.

Com o país como estava, com as relações internacionais destruídas e com a economia beirando a da crise de 1929, precisávamos de alguém que se impusesse mais, que tivesse a coragem de peitar o congresso e enfrentar os republicanos. Não podíamos ter esse lenga-lenga de ficar tentando milhões de vezes negociar em cima dos mesmos temas. Se havia a certeza da necessidade de tomar certas decisões e atitudes, tenta-se o diálogo uma, duas vezes. Não deu? Então vamos lá, na marra, já que era para o bem da maioria e para equilibrar a economia do país. Menos sorrisos e mais coragem.

Obama devia ter tomado tenência, como diz minha mãe.

Não me entendam mal! Gosto dele e continuo achando que ele é um grande idealista e grande pensador, mas como presidente da maior potência mundial, é uma enorme decepção!